sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O PÃO







     Em toda a história da humanidade, o pão foi sempre um alimento que carregou em si a conotação de fartura e saciedade, quando era abundante. O berço do pão que se consome hoje no mundo é o Oriente Médio. Pesquisas encontraram referências arquelógicas na região de Jericó, datadas de 10 mil anos, e também na região da Mesopotâmia, há 8 mil anos antes da nossa era, quando apareceram os primeiros traços de agricultura. Os cereais utilizados, um pouco diferentes do trigo de hoje, eram a cevada, o milheto, o centeio. a primeira aparição do que se assemelha ao nosso pão aconteceu no Egito Antigo. Durante o Renascimento, realizavam-se faustosos banquetes em que o pão, sobretudo o branco, não faltava. O pão conheceu então uma fase de grande esplendor, culminando com a difusão, em Paris, por Catarina de Médicis e sua corte.




BIOQUÍMICA DA FERMENTAÇÃO


    O fermento natural é um composto obtido da fermentação espontânea de um empasto composto de farinha e água, no qual podem ser introduzidas infusões de frutas diversas, em que estão presentes microorganismos de espécies variadas, que se reproduzem, alimentando-se do açúcar da sacarose e de açúcares complexos provenientes do amido da farinha. Açúcares, que se transformam, sobretudo em gás carbônico e em álcool, em ácido acético, em ácido lático e outros elementos.

    A fermentação se dá em intensa atividade biológica. O gás carbônico produzido induz um aumento de volume da massa que, sendo elástica pela própria estrutura do glúten da farinha, se opõe à expansão desse gás, mantendo-o no interior dos alvéolos. Por esse processo, obtém-se uma massa porosa que, durante o cozimento no forno, se transforma em um produto macio e aerado, conservando essas qualidades, exalando aromas e aguçando sabores específicos, que são características de um produto obtido com a utilização da massa fermentada. Em meio a todas estas transformações, origina-se, ainda, uma outra substância - a glicerina - que funciona como emulsificante natural e que possui um leve efeito antimofo.Em conjunto, esse processo produz, no final, características de conservação mais longa.

    Na fase final desse processo, o cozimento, concluem-se as modificações físico-químicas indispensáveis à obtenção de um produto de forno. Com o aumento da temperatura, prossegue a ação das enzimas que, em seguida, são inativadas pelo calor, ocorrendo, gelatinização do amido, o aumento de volume da massa pelo efeito da evaporação do gás da fermentação, a estabilização da estrutura, a diferenciação entre casca e o miolo, a coloração da casca, a formação dos aromas, e o tão desejado aspecto crocante.


Referências Biliográficas: revista Sabores, por Carlos Chiari

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

ALIMENTAÇÃO NO BRASIL










     Os nativos se instalaram nas costas do Brasil por volta do ano 1000. O êxodo do interior ao litoral foi motivado por questões religiosas, procuravam uma "Terra sem Males". No percurso, eles enriqueceram seus hábitos alimentares, comiam por imitação dos animais, nutrindo-se de insetos, raízes e frutas. Adoravam pescados e frutos do mar: mexilhões, berbigões, ameijoas, camarões, lagostas, garoupa, tainha, de água doce: tambaqui, tucunaré, pintado. 

Apreciavam carne assada de animais de caça: anta, capivara, codorna,  perdiz e veado. Preciosidades escoltavam ou guarneciam com: milho, inhame, pinhão, aipim. Como sobremesa a grande variedade de frutas representava um deleite para os ameríndios: abacate, abacaxi, banana, butiá, goiaba, jabuticaba, mamão, maracujá, pitanga., caju....e mais uma infinidade de nomes. Com a polpa bem madura do caju, os nativos preparavam um a bebida chamada de mocororé. 

Há sinais de rituais de antropofagia na época do descobrimento, basicamente concentrados em três tribos: Rio Grande do Norte até a Paraíba, os potiguares (que significa "comedores de camarão"); Espírito Santosaté Rio de Janeiro, os goitacasses, ferozes caçadores de tubarões; e nos pampas do Rio Grande do Sul, passando pelo Uruguay e Argentina, os charruas. Antropofagia à parte, os nativos contribuíram saudavelmente para a evolução dos hábitos alimentares do país. Apreciavam a farinha, o mingau, costume que passaram para os colonizadores, além de serem fanáticos por mel que recolhiam da floresta. 

Os ameríndios não conheciam o sal marinho, mas produziam um condimento semelhante, e talvez mais saudável, uma espécie de sal de origem vegetal, engenhosamente extraído do aguapé (planta aquática conhecida também como baronesa, orelha-de-jegue, jacinto d´água, ou mirium) um filtro de lagoas e mangues. Ele é composto de 95% de água, rica em sais minerais, sem saberem, os nativos já produziam o cloreto de potássio. Posteriormente aprenderiam com os portugueses a construir salinas em lagunas à beira do mar. 

Com os colonizadores, aprenderam a domesticar animais como o bode, boi, cão, carneiro, e porco, trazidos da Europa. Também com os portugueses, que introduziram o alface, cana e manga. Na terra desvendada abundavam as palmeiras, mas não existiam coqueiros. No final do século XVI, junto com os negros africanos chegaram o dendê, o côco e o quiabo. Com Cabral que a portou na costa da Bahia, o sal, trigo, queijos, galinhas, ovelhas, especiarias (açafrão, açúcar, canela, cravo, gengibre, e o vinho).


E assim surge o começo do que virá a ser uma das gastronomias mais ricas e diversificadas do planeta. O Brasil com sua rica fauna e flora, hoje pode se vangloriar de ter posição respeitável no cenário mundial. Mas longe de ser comparar aos "Papas" da gastronomia (França, Espanha....).


Referência bibliográfica: LANCELLOTTI, Silvio - 500 anos de Gastronomia
Quadro de Aldemir Martins





quinta-feira, 22 de outubro de 2009

RECEITA DE POESIA


Quisera eu saber o sabor da vida
Na medida certa sabedoria usar
Aprender o limite do sal
Esquecer-me no açúcar
No calor do fogo, perder-me
Enternecer-me na poesia dos alimentos
Alimentar-me na solidão da segunda-feira

Passear pelas verdes folhas
Perfumar-me no manjericão
Dar sobrenome de paraíso aos tomates
Dar a volta ao mundo sem sair de casa
Visitar regiões
Apropriar-me do que não é meu
Expatriar-me

Há que experimentar o cheiro da terra
Plantar-me na soleira da porta
Cozinhando dias
Semeando grãos
No cheiro negro do café que nasce,
fortalecer-me

Brotar os verdes de esperança
Aprender a ternura do doce
Do campo: o florecer e o fenecer
Da missa só sei metade
Depois do domingo "passeado"
Renascer na segunda-feira

Por Mary Figueiredo Arantes

O MUFFIN



         Típico bolinho inglês, recomenda-se cortar ao meio, passar manteiga, colocar na torradeira e esperar atingir o ponto quase perfeito. Ou seja, nem muito torrado, nem pouco torrado, se é que me entendem? Há que se manter o dourado quase tostado na parte onde a manteiga foi passada e deixar ligeiramente crocante o outro lado, mas sem deixar dourar. Depois disso, simplesmente retire da torradeira e repouse uma colher bem cheia de geléia.  =oDivirtam-se!!!

Muffin de Manga, Abacaxi e Maple

  • 3 ovos
  • 1 xícara de creme de leite fresco
  • 2/3 xícara de xarope de mapple
  • 1 1/2 de xícara de farinha de trigo
  • 1/2 xícara de açúcar
  • 1 colher (sopa) de frmento em pó
  • 1 colher (sopa) de canela em pó
  • 1/3 de xícara de nozes picadas grosseiramente
  • 1/2 xícara de manga seca reidratada
  • 1/2 xícara de abacaxi seco reidratado
  • 1 pitada de sal.                                                                                                                                                                                                                                                                                                Bata os ovos com o creme de leite e o mapple. em outra tigela, misture a farinha, o açúcar, a canela e o sal. Faça uma cova no centro da mistura seca e derrame o creme. Misture delicadamente para incorporar. Junte as nozes, as frutas picadas e o fermento em pó à massa. Unte 12 forminhas de muffin com manteiga e farinha. Divida a massa entre as forminhas e pincele cada muffin com mapple. Asse em forno preaquecido (140ºC), por 20 minutos ou até que fiquem bem sequinhos.                                                                                                                         

NOMES DA GASTRONOMIA FRANCESA



       Em homenagem ao ano da França no Brasil, falaremos de alguns nomes importantes da gastronomia Francesa e Mundial. Digo mundial, pois os franceses são responsáveis pelas técnicas gastronômicas que sustentam essa ciência em grande parte do mundo. Ciência, é assim que os franceses a  consideram, com muito respeito também.  A gastronomia francesa deve muito de sua fama a grandes escritores e gastrônomos, críticos, os quais deixaram impressas suas receitas e conselhos:

TAILLEVENT, Guillaume Tirel dit (1310 - 1395)   
é o autor do mais antigo livro de cozinha escrito em francês - Le Viandier. A palavra "viande" é aqui utilizada no sentido latino de "vivenda", que significa "alimento em geral", tornando-se um importante inventário do século XIV.   

RABELAIS, François (1494 - 1553 )     
foi um dos poucos escritores de comédias da Idade Média. Criou uma obra colossal, tão grande quanto seus protagonistas: Pantagruel e Gargantua. Pantagruel gigante de apetite perene e colossal, nasceu a expressão festim ou banquete "pantagruélico". 

LA VARENNE, François Pierre de (1618 - 1678)       
cozinheiro do marquês d´Uxelles, La Verenne é o autor de Le Cuisinier Français. Lançado em 1651, contém receitas realizadas até hoje, como o molho duxelles.  

VATEL, François (Suiça 1635 - 1671)   
maitre-d´Hotêl do Príncipe de Condé no Chatêau de Chantilly. Vatel preparou a festa e os banquetes para receber o Rei Luis XIV, e uma sequencia de incidentes o levaram a depressão e ao suicídio. É atribuido a ele a invenção do Chantilly.                                                                 

BRILLAT-SAVARIN, Jean Anthelme (1755 - 1826)     
não foi propriamente um profissional da cozinha, mas um fino gastrônomo. Seu livro, A Fisiologia do Gosto - 1825, obra permeada de anedotas, conselhos práticos sobre hábitos alimentares. Também escreveu a Histoire Philosiphique De La Cuisine, onde conta a história da cozinha desde a descoberta do fogo até o final do século XVII.                  

CARÊME, Marie -Antoine (1784 - 1833)    
nasceu em Paris, em plena Revolução Francesa. Serviu patrões abastados e requintados como Talleyrand na França. Da corte do czar Alexandre trouxe para a França o service à russe. Deixou várias obras entre elas Le Pâtissier Pittoresque, Le Maître d´Hotel Français e L´Art de la Cuisine A XIXème.                                                                                            
ESCOFFIER, Auguste (1846 - 1935)  
chamado de "Rei dos cozinheiros e o Cozinheiro dos Reis" foi uma estrela da Belle Èpoque. Trabalhou por 31 anos como chefe dos hotéis Savoy e Carlton de César Ritz, em Londres. Seu grande legado foi a reinterpretação da cozinha francesa clássica em busca da simplificação. Deixou livros como Guide Culinarire, Le  Livre des Menus, e  Ma cuisine.

     Hojé é comum encontrar nomes famosos da gastronomia francesa na mídia internacional. Alguns já fizeram hitória como Paul Bocuse (criador da Nouvelle Cuisine), Alain Chapel, Joel Robuchon, Alain Ducasse, Michel Guérard e os Irmãos Troisgrois.

 Referências bibliograficas: HELLEN, Helene - Francês/Português.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A HISTÓRIA DO RESTAURANTE






O restaurante surgiu na França do século XVIII, após a revolução alguns cozinheiros resolveram montar um negócio culinário depois que seus patrões perderam posição social. O  "restaurant" era uma sopa, um caldo de carne fortificante feito para pessoas debilitadas.  Nas novas casas especializadas em servir o consomé, as pessoas que sentiam fraqueza poderiam comer tranqüilamente. A palavra "restaurateur", signava o cozinheiro encarregado de fazer o caldo que restaurava. Esse era quase um comércio ilegal.
      
        O inventor do primeiro restaurante,foi Marthurin Roze de Chantoiseau. Figura lendária em sua época, era filho de um rico proprietário de terras e mercador que foi morar em Paris no início da década de 1760. Ao mesmo tempo que bolava uma série de esquemas capazes de enriquecer a França, combalida por sua dívida interna, em 1765 abriu as portas do primeiro restaurante. Essa informação é diferente de todas as outras publicadas até então por especialistas e historiadores franceses. Jean-Louis Flandrin, em "História da Alimentação", por exemplo, diz que um padeiro dito Champ d’Oiseaux começou a vender perto do Louvre os tais caldinhos para debilitados em 1765. Roze via no restaurante uma possibilidade de circular dinheiro na aconomia francesa.
     
 Independentemente de quem foi o precursor, os restaurantes começaram a se multiplicar. Passaram a incluir mingau de aveia bretão, creme de arroz aromatizado com flor de laranjeira, queijos cremosos. Na passagem do século XVIII para o XIX, cresce significativamente o número de restaurante e amplia -se ainda mais à oferta de pratos. Presentes no menu, as sopas tornaram -se apenas um detalhe na infinidade de itens oferecidos. Com o final do Antigo Regime, multiplicou-se o número de cozinheiros disponíveis. Chefs de cozinha que trabalhavam para nobres buscaram se estabelecer em Paris. Antoine Beauvilliers, um dos mais famosos restaurateurs do início século XIX, veio da cozinha da nobreza, mais precisamente da casa do irmão do futuro rei Luís XVIII.
              
 O surgimento dos restaurantes motivou o aparecimento do primeiro guia gastronômico, o "Almanach des Gourmands", de Alexandre Balthasar Laurent Grimod de la Reynière, publicado entre 1803 e 1810. Em suas páginas, decretava o jantar como uma atividade mágica, diferente de qualquer outra refeição. Apaixonado pela gastronomia, Grimod de la Reynière propalava que a difundida reputação de Paris como capital da Europa naquela época se devia mais a alta qualidade da comida de seus restaurantes do que ao esplendor de seus monumentos ou à sofisticação de seus habitantes. Já naquela época, Grimod de la Reynière, era pioneiro na atuação como crítico.
     
Para que possamos ter uma idéia do domínio da restauração parisiense, em 1815 havia raríssimos restaurantes fora da capital francesa. Um livro oficial de negócios registra apenas quatro deles em Bordeaux. Em Paris, os restaurantes também passaram a oferecer um serviço diferenciado. A clientela desfrutava de um atendimento personalizado, que nunca houve antes. As refeições eram completamente diferente das dos hotéis, estalagens e tabernas. A princípio nos restaurantes os menus tinham preço fixo. Mas esse conceito mudou com os cardápios, que passaram a indicar o preço dos pratos. Assim, o comensal poderia delimitar claramente suas despesas e escolher apenas aquilo que realmente tivesse vontade de comer. As refeições passaram a ser saboreadas a qualquer hora do dia e por pessoas de diferentes classes socias. 


1881-  Primeiro restaurante  o mais antigo restaurante peninsular de São Paulo, O Carlino, fundado por Carlo Cecchini (italiano de Lucca, região da Toscana) e sua esposa e mestre cuca Maria
1903 – inaugurado a Brasserie Paulista, de Vittorio Fasano.
1910 – surgem os primeiros restaurantes populares em São Paulo, com pratos interioranos como o filet de peixe frito e banana à milanesa com salada de maionese. Com o aumento da imigração árabe, surgem também as primeiras casas de quibes e esfihas.
1920 – com o início da urbanização e do refinamento das cidades, propaga-se a cozinha internacional.
1950 – tem início a primeira churrascaria paulistana, a Farroupilha.

        quinta-feira, 15 de outubro de 2009

        15º SALON DU CHOCOLAT



             Acontece em Paris o 15º Salão Do Chocolate, de 14 a 18 de outubro de 2009. Sob o símbolo da pureza, a comemoração do aniversário do chocolate reflete o amor com que os franceses finamente celebram o evento. Várias atrações esperam os visitantes, demonstrações com grandes chefes, exposições, dança e até mesmo moda. São esperados para o evento mais de 2 000 000 visitantes de todo o mundo, o que leva o salão a se reinventar a cada ano. São 400  participantes de países como França, Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália, Japão, Suiécia, Suissa...

             O chocolate é um produto cultural ligado ao prazer, um luxo na tendência. O Salão, uma aproximação entre aqueles que produzem cacau e aqueles que consomem o produto acabado, também homenageia a muitos países produtores, através da presença do Brasil, Gabão, Madagáscar, México, Venezuela, São Tomé e Príncipe. A noite de abertura foi com o "desfile " de vestidos de chocolate que é, provavelmente, o carro chefe desta nova edição do Salão. As casas de moda trabalharam para a harmonia perfeita criando mais do que nunca roupas leves ou tons de chocolate.


        O MACARON

          

              Crocante for fora macio por dentro, essa é a principal característica que um macaron ("macarrôn") bem feito deve ter. É uma criação da Veneza renascentista, conhecido originalmente por "maccherone" devido a sua massa fina. Alcançou grande reputação na França, Catarina de Médici (1519 a 1589) ao casar-se com Henrique (Duque de Orleans) leva a iguaria  à côrte francesa junto com sua equipe de cozinheiros, assim como outros hábitos. Já os franceses afirmam que esses pequenos suspiros de farinha de amêndoa, já era confeccionada nos monastérios de Cormery, na França desde 791. De uma forma ou de outra no começo, eram apenas "biscoitos" de amêndoas sem qualquer recheio.

              A iguaria é tradicionalmente servida com chás da tarde, coffee break, quando nasce um bebê. Outra opção é serví-los em coquetéis acompanhado de chapagne, substitui com mais elegância as trufas de chocolate por exemplo. A sua comercialização começou na época da Revolução Francesa, com duas freiras apelidadas de "Souers Macaron" (Irmãs Macaron). Já no séc. XX, Pierre Desfontaines, fundador da famosa Pâtisserie Ladurée introduz um recheio cremoso aos macarons, que assumem assim a forma como o conhecemos atualmente.


        Macaron 


        Massa básica
        •  200ml de claras
        •  50 g de glaçúcar
        • 260g de farinha de amendôas
        • 450g de açúcar impalpável
        • pitada de sal
         Dica: A substituição da farinha de amêndoas por farinha da castanha de caju prejudica a qualidade da iguaria. Se quiser os macarons coloridos use corante alimentício em gel da cor de sua preferência.

        Numa tigela, peneire o açúcar impalpável  e a farinha de amêndoas. Bata as claras com o glaçúcar e a pitada de sal até obter um suspiro bem firme
        Aos poucos, e com delicadeza, incorpore a mistura peneirada
        Coloque uma folha de silicone sobre uma assadeira e ponha-a dentro de outra assadeira
        Com um saco de confeitar e bico liso médio, pingue a massa com distância de 5 cm entre os macarons
        Leve imediatamente ao forno pré-aquecido, moderado (200ºC), durante 10 minutos
        Retire a assadeira de baixo e asse por mais 5 minutos. Retire do forno e deixe esfriar.
        Com uma espátula, retire os macarons da assadeira e recheie se quiser.

        Massa recheio de avelãs

        • 200g de claras 
        • 400g de açúcar
        • 600g de manteiga sem sal em cubos
        • 100g de pasta de avelãs (praliné ou Nutella)
        • 100ml de água

        Em uma panela, leve o açúcar e a água a ferver até 121ºC (ponto de bala)
        Enquanto isso, bata as claras e junte a calda aos poucos, continuando a bater até esfriar
        Batendo sempre, junte os pedacinhos de manteiga aos poucos
        Por fim, misture a pasta de avelã

        Dica: Os macarons recheados podem ser conservados no freezer por uma semana.



        quinta-feira, 8 de outubro de 2009

        BICHO-DE-PÉ, tem chulé???






                Como se aproxima o dia das crianças, hoje vai uma receita que a maioria adora e não é brigadeiro!!! Se pedirem eu posto brigadeiro sim, e conto a história do docinho típico brasileiro, mas hoje é o dia do - bicho-de-pé. Fico me perguntando por que deram a um docinho tão gostoso, um nome desagradável desses? Bom vou pesquisar...por enquanto fico devendo essa!




        Bicho-de-pé


        • 1 lata de leite condensado
        • 1 colher (sopa de manteiga sem sal)
        • 1 gema
        • Corante em gel vermelho, comestível
        • 1 pitada de sal
        • Açúcar refinado para confeitar (como pede a tradição), ou podes misturar corações coloridos, bolinhas, se for uma ocasião importante, use pó de ouro comestível por cima das bolinhas cor de rosa. Em um papel coloque uma quantidade de pó de ouro e sopre com cuidado sobre os docinhos. 
        Junte o leite condensado, manteiga e gema (peneirada), misture bem com um fouet. Aos poucos, acrescente o corante, misturando até que fique vermelho bem vivo.
        Deixe em fogo médio, mexendo sempre até começar a engrossar. Diminua o fogo e mexa vigorosamente até desgrudar do fundo da panela.
        Despeje em prato untado com manteiga e deixe esfriar.
        Faça bolinhas do tamanho desejado, passe no açúcar e coloque nas forminhas para servir. Se preferir pode servir em copinhos, com confeito e colherinha!

        Divirtam-se!

        quarta-feira, 7 de outubro de 2009

        ÉL FAINÁ



               Fainá, é um tipo de pizza muito comum no Uruguay e na Argentina. É feita a base de farinha de grão de bico, água, azeite de oliva, sal e pimenta. O prato é originário de Génova, na Itália é chamado de farinata fainá. Hoje em dia é um prato popular das pizzarias argentinas e uruguaias, herança dos imigrantes italianos. É servido puro, com pimenta polvilhada ou com mussarela, orégano, alho ou salsinha, vai do freguês. Na África, em Marrocos,  existe um prato parecido chamado calentita, na França chamam de socca ou fainé genovese.


            
              Outra forma muito comum é comer a pizza tradicional com o fainá, uma em cima da outra, chamam de "pizza à cavalo" (pizza a caballo)! Diz a história que no Uruguay, o prato remonta a 1915, quando os italianos trouxeram a receita popular da gastronomia daquele país, assim como a pizza e "el chivito", são as comidas "fast food"  mais tradicionais. Existem várias formas de se preparar o fainá, a mais comum é misturar os ingredientes, deixar repousar e assar em fogo a lenha acima de 180ºC por 10 a 15 minutos.




        Fainá (receita básica)


        • 700g de grão de bico
        • 2l de água
        • 120ml de azeite extra virgem
        • 5g de sal
        • pimenta do reino (ou mix de pimentas para moer na hora por cima
        Misturar os ingredientes, separar um pouco do mesmo azeite para cobrir a assadeira, não deixar o todo o azeite incorporar na massa. Rende uma pizza de mais ou menos 70cm de diâmetro.
        Servir do lado que fica vontra a assadeira, crocante, e polvilhar a pimenta na hora, consumir imediatamente. Divirtam-se!


        Referências Bibliográficas: Wikipédia

        terça-feira, 6 de outubro de 2009

        O AZEITE DE OLIVA



              De todas as marcas de azeite de oliva que podem ser comercializadas como o azeite de oliva, a única que um cozinheiro criterioso deve procurar é o "extra virgem". Para ser considerado como "virgem", um azeite de oliva deve ser processado a frio, produzido exclusivamente atrvés do esmagamento mecânico da azeitona inteira e seu caroço, excluindo totalmente deste processo os solventes químicos ou qualquer outra técnica de extração.

              Os graus variáveis de "virgindade" são determinados pela porcentagem de ácido oléico. O mais alto grau, o "extra virgem" é o azeite que tem menos de 1% desse ácido em sua composição. Quando o percentual é alto deve ser reduzido, perdendo a denominação de "virgem".

              Como escolher um azeite de oliva - Os azeites oferecem tal variedade de aromas e sabores, que é possível escolher o que mais se adapta ao seu próprio estilo de cozinhar. Existem azeites com aroma de nozes, seriam os mais finos, fragância adocicada. Outros tem arômas de ervas - como o alecrim, orégano e tomilho, são extremamente agradáveis outros com sabor forte e picante. A única maneira de determinar qual deles agrada mais o paladar de cada um, consiste em experimentar o maior número possível. As qualidades gustativas a sererm reparadas são a vitalidade, fresor e leveza do azeite. Evite os azeites que tenham sabor de gordura, e tenham cheiro de terra e bolor.

             Como estocar o azeite "extra virgem" - O azeite de oliva é perecível, sensível ao ar, à luz e ao calor. A recomendação dos produtores é que seja consumido dentro de um ano e meio depois de engarrafado. Uma vez aberto deve ser consumido no máximo em um mês ou mês e meio. Mantenha o vidro bem fechado, e se assegure quando for usar que não tenha sabor rançoso, pois pode estragar toda sua preparação.

            Este nobre ingrediente usado desde a antiguidade, consta na Bíblia (ao lado do vinho e do pão) é extremamente benéfico à saúde. Reduz as quantidades de LDL (mau colesterol) na corrente sanguínea, evita a formação de radiceis livres ("mantém a gente jovem" dizia minha mãe), e não é só isso os radicais livres são responsáveis por doenças degenerativas como o câncer. Procure usá-lo a frio, no fim das perparações de molhos e se for na frigideira ou grelha, aguarde a mesma aquecer primeiro. Divirtam-se!

        domingo, 4 de outubro de 2009

        O TOMATE

            


             Como não podia faltar tinhamos que falar especificamente dele - o tomate. Ingrediente presente na cultura gastronômica de muitos continentes, sua aventura em ida-e-volta é charmosa. Numa de suas primeiras expedições à América do Sul, bem no começo do século XVI, os espanhóis descobriram na costa do Peru, um arbustozinho que se espalhava como praga, os incas o chamavam de tomatl. Seus frutos descritos como miudinhos, de coloração amarelada e intrigante sabor azedo. Pela sua semelhança com o sol, o fruto não era consumido pelos nativos e sim utilizado em cerimônias religiosas. Fascinados, os espanhóis decidiram carregar aquele produto em suas naus de volta a sua pátria. Foi na Península Ibérica que o tomatl se tornou maior, e ganhou o nome de mala aurea, o pomo dourado e acabou atraindo a atenção dos cozinheiros da Coroa.

            Em 1532, num banquete o tomatl provocou uma intoxicação generalizada, sendo assim o monarca Carlos V proibiu o seu consumo alimentar. Somente sessenta anos depois, marinheiros italianos levaram a fruta para a região de Nápoles. Lá, com o solo vulcânico e sulfuroso, o tomatl dobrou seu tamanho, livrou-se dos ácidos que impediam o seu consumo. Depois do macarrão, o tomate ganharia das antalogias a segunda posição das contribiuções dos italianos na gastronomia mundial. Como os incas, os ameríndios do Brasil já conheciam o tomatl, mas se resguardavam de comê-lo, temendo que fosse um símbolo divino o venenoso fruto. Só ganharia condição de iguaria com a chegada dos imigrantes peninsulares.

             Como já falamos em Alimentos Funcionais, esse fruto (Sim! O tomate é uma fruta!) é rico em licopeno (tipo de carotenóide),vitamina A, compexo B e minerias como o fósforo, potássio, ácido fólico e cálcio.Quanto mais maduro maior a concentração desses ingredientes. Atua contra os radicais livres, age melhorando a imunidade celular, inibe formação de tumores (próstata principalmente), age contra doenças coronárias.

             Item fundamental na gastronomia mediterrânea, a principal qualidade que devemos observar nos tomates é a maturação obtida naturalmente. Se não estiverem maduros, sua única contribuição à comida será a acidez. O sabor dos tomates frescos é mais vivo e menos saturado do que o dos enlatados. Se não houver escolha, adquira uma boa marca de enlatado. Para seu molho a melhor variedade é a do tomate estreito e alongado. Na Itália, em Roma é muito usado o casalini, pequeno, formato redondo, é enrrugado e seu sabor é maravilhoso. Outros tipos de tomates são o santa cruz (para molhos e saladas, na pizza, formato oblongo), caqui (para saladas e lanches, formato redondo), saladete (para saladas, formato redondo), italiano (para molhos e eventualmente saladas, formato oblongo alongado), cereja (para aperitivo e saladas, pizzas, formato redondo, pequeno, oblongo), pera (para saladas e pizzas, formato oblongo).

        Referência bibliográfica:
        LANCELLOTTI, Silvio, In 500 Anos de Terra Brasilis - LPM/2000

        sábado, 3 de outubro de 2009

        O MILHO

             Com o milho do Brasil e a ajuda atenciosa dos nativos (ameríndios) aculturados, os portugueses realizaram estupendos milagres culinários. Conheciam um produto semelhante desde o século XV, na sua conquista da Àfrica. Tal produto seco e finamente moído, se transformava em uma espécie de farinha - o fubá.

             Os nativos no entanto, realizavam a sua farinha de modo bem diverso e variado. Debulhavam o milho ainda verde e o socavam em um pilão. Às vezes deixavam que a pasta resultante se desidratasse ao ponto de uma farinha grossa e fascinantemente grumosa. Em outras ocasiões, peneiravam a pasta, obtendo um creme espesso, matriz dos futuros curaus e pamonhas.

             Foi ao tentarem imitar o trabalho dos nativos, que os portugueses também involuntáriamente, descobriram que os grãos secos em contato com o calor muito forte, tendiam a estourar e avirar pelo avesso. Assim apareceu na gastronomia a pipoca - uma das delícias preferidas por Dom João VI, o rei glutão, que fugindo de Napoleão Bonaparte, instalou a sua Corte no Brasil no princípio do século XIX. Com ostensivo exagero, Dom João VI batizou a pipoca de "ouro sobre a mesa".




        Bolo de fubá

        • 2 unid. de ovos
        • 250ml de leite
        • 120ml de óleo de canola
        • 180g de farinha de trigo
        • 180g de fubá
        • 20g de fermento em pó químico
        • 250g de açúcar
        • 10g de erva-doce (se vc gostar!)
        • 5 g de sal
        • 20g de açúcar para untar a forma
        • 10g de manteiga sem sal para untar

        Comece batendo no liquidificador os ovos, o óleo,  o açúcar (peneire os ovos) e a pitada de sal.
        Acrescente o leite, depois as farinhas aos poucos, e continue batendo.
        Depois fora da batedeira adicione a erva-doce, que fica a gosto do freguês, e por último o fermento peneirando e mexendo bem devagar com um fouet.
        Unte a assadeira com a manteiga e o açúcar.
        Asse em forno pré aquecido em 160ºC por 30 minutos no mínimo.
        Divirtam-se! =o)

        Referências Bibliográficas: 
        LANCELLOTTI, Silvio - In 500 anos de gastronomia em Terra Brasilis, LPM/2000
         

        A PIMENTA




        A importância da pimenta no universo das especiarias é tal, que instigou o comércio e a expansão marítima portuguesa nos séculos XV e XVI. Como fizeram com a pimenta-do-reino, os mesmos disseminaram espécies nativas da América, e passaram a cultivá-la nos continentes europeu e asiático.

        Registros arquelógicos apontam que a pimenta tipo Caspicum  já era cultivada no Peru e  México pelas civilizações pré-colombianas. A pimenta pura ou em extrato é um complemento alimentar secular, dá gosto a uma dieta minguada a base de farinha de mandioca, ou acabamento a um prato refinado. Era usada nas grandes viagens marítimas, para marcarar o gosto horrível da carne deteriorada na travessia. Diminui a sensação de calor por aumentar a temperatura do organismo, finciona como uma espécie de ar condicionado interno. 

        O "ardume" das pimentas, deve-se a presença de capsaicina, essa substância é extremamente benéfica à saúde. Atua como cicatrizante, antioxidante, controla colesterol. Além disso ajuda o organismo a liberar endorfina na corrente sanguínea, causando sensação de prazer e eleva o bom humor! Divirtam-se com as pimentas então =o).

        quinta-feira, 1 de outubro de 2009

        COOKIES =O)





        Esta receita já foi mais do que testada e aprovada. Com leite, chá, café ou chimarrão, fica a gosto do freguês.
        Divirtam-se!
        Cookies
        • 200g de farinha de trigo
        • 85g de açúcar mascavo
        • 85g de açúcr branco
        • 160g de manteiga sem sal
        • 50g de aveia em flocos grandes
        • 50g de chocolate em padaços
        • 50g de nozes ou passas
        Misture todos os ingredientes em temperatura ambiente. Por último o chocolate em padacinhos.
        Dê o formato desejado, unte uma forma com manteiga, ou use silpat.
        Asse em forno pré-aquecido em 160ºC.
        Dica: use uma pitada de sal, em suas preparações de confeitaria!


        DESIGN DE EMBALAGEM PARA CHÁS








         


        Desing criativo de sachês para chás, criado por  Nathalia Ponomareva da Russia. 
        Muito original essa idéia para design de embalagens.


        Informações retiradas do site http://designercouch.org