quarta-feira, 6 de junho de 2012

COZINHEIRO IMPERIAL - 1º LIVRO DA CULINÁRIA BRASILEIRA





A colonização portuguesa, foi sobretudo, uma tentativa de reproduzir, no Brasil, os ambientes da terra mãe - na arquitetura, na moda, na literatura e principalmente, na culinária, com almoço às 9h da manhã, jantar às 2h da tarde e ceia às 7h da noite.

Sendo assim em 1840, no Rio de Janeiro, foi lançado o primeiro grande livro de culinária brasileira, Cozinheiro Imperial ou nova arte do cozinheiro e do copeiro em todos os seus ramos, com receitas do que se deveria servir às esplendidas mesas e delicados gostos, bem como ao alcance das mais moderadas posses e das mais simples necessidades

Quase uma reprodução de outro que, à época, fazia muito sucesso em Portugal, O cozinheiro moderno, de Lucas Rigaud, um francês que foi cozinhar para rainha D. Maria, a Louca, e acabou afrancesando a culinária portuguesa. O cozinheiro imperial foi assinado pelo chefe de cozinha R.C.M., que não se sabe quem terá sido.

Começa com um desenho em bico-de-pena, ensinando como trinchar as carnes e servir à mesa. Depois, nessa ordem: receitas de sopas, caldos, vitela, carneiro, veado, aves, caça, olha podrida (como era chamado o cozido na época), peixes, mariscos (incluídos camarões, lagosta, lulas e polvo), legumes, massas, doces, sugestões para banquetes encerrando com um dicionário explicativo. A partir da quinta edição, novas receitas foram acrescentadas: angu, caruru, moquecas, vatapá.


Fonte: Maria Letícia Monteiro Cavalcanti
Especialista em estudos na área Gastronômica

sexta-feira, 1 de junho de 2012

APHRODISIAC



















Aphrodisiac, é o projeto apresentado este ano pelo Studio Appétit na semana de Design em Milão. O projeto usa transformar um objeto/ingrediente em uma experiência sensual e apetitosa. Levantando questões sobre por que comemos, o que comemos e como comemos. Observando o papel que nunca termina, dos alimentos em nossas vidas. 

Uma série de 5 pratos é apresentada, representando as fases de um encontro sexual. A experiência afrodisíaca transforma o ato de comer individualmente em algo que pode ser compartilhado. Uma interação que não pode acontecer sem a cooperação física de ambos os parceiros. Alimentar, tocar, sentir a comida em conjunto, um para o outro.




SILÊNCIO! NA COZINHA?!




"Tenta falar um pouco mais baixo" pede com um ar de desconforto a "garota da capa", preconceituosamente definindo através desse ato todo meu ser. Somente quem não vivencia diariamente uma cozinha, poderia pedir a um líder que desempenhasse seu papel em tom digamos que: moderado! 

A cozinha é energia, adrenalina, calor, som, cheiro, suor, um balé! Diz alguém que conheço: "tem que ser macho e fêmea, tudo ao mesmo tempo". Por falar em balé, pensei em uma comparação absurda mas lá vai: é como pedir uma a bailarina "evita levantar tanto a perna minha filha, se não vão ver tua calcinha". 

Mas para você que me esqueceu, aquele abraço ... como escreveu o cantor. Quem respira cozinha, quem "mora" na cozinha vai entender do que estou falando. Onde já se viu, moderado! Só se for na França ;) ... mas me perdoa caro leitor, sem pretensão a escritor ... apenas um desabafo!