sexta-feira, 26 de março de 2010

A FOLHA DE LOURO






Pouco se comenta sobre uma das mais versáteis ervas da cozinha, a folha de louro (Laurus Nobilis). Originário do Mediterrâneo, se adaptou muito bem a lugares com clima temperado. O loureiro era a árvore consagrada a  Apolo, deus grego da profecia, poesia e cura. Na antiguidade greco-romana era símbolo de glória, com as coroas feitas da erva. Na Idade Média era usado para afastar demônio, bruxas e raios, uma superstição diz que quando morre um loureiro, ocorre um grande desastre.

Na gastronomia é usada em molhos, para aromatizar conservas, no arroz, feijão, tem lugar importante nas marinadas de carnes, e é a erva ideal para churrascos. Não há combinação mais agradável do que folhas de louro com peras cozidas ao vinho tinto, ou com castanhas portugesas cozidas. Nas conservas com queijo de cabra em azeite de oliva ou figos secos ao sol. 

As folhas secam muito bem e se mantêm indefinidamente. Compre somente as folhas inteiras, nem as amassadas nem em pó, e conserve-as em um vidro hermeticamente fechado, dentro de um armário ventilado. Antes de usá-las, estejam secas ou frescas, limpe-as levemente com um pano úmido.
Se você tem um jardim, um terraço ou uma sacada, o louro é uma planta perene e resistente que cresce rapidamente, tornando-se uma belíssima planta com uma quantidade enorme de folhas para a sua cozinha. Se seus invernos são longos e rigorosos, mantenha a planta dentro de casa até a primavera.

Suas qualidades medicinais são variadas, ajuda a curar afecções da pele e do ouvido, atua contra o cansaço e auxilia no tratamento de hemorróidas, reumatismo e contusões. Em infusões ajuda a fazer a digestão e estimula o apetite. As folhas também são usadas no preparo de unguentos contra picadas de insetos, em gavetas e armários ajuda a afastar as traças.


segunda-feira, 15 de março de 2010

A TAIOBA



 




Pouca atenção é dada a hortaliças não convencionais, o consumidor  de baixa renda está acostumado com 3 a 4 variedades onde contam sempre o alface. É urgente a necessidade de desenvolver outras fontes de nutrientes e o total aproveitamento de alimentos quase sempre descartados.

A taioba (Xanthosoma sagittifolium Schott) é uma espécie vegetal conhecida e de fácil cultivo, muito apreciada principalmente no meio rural de certos estados brasileiros como MG, RJ e Ba. Ela pode ter um papel importante em dietas balanceadas é fonte importante de cálcio, ferro, vitamina C, proteínas e outros nutrientes. As qualidades da folha em relação a sabor e nutrientes é superior ao espinafre por exemplo, o que prova a importância da mesma na dieta humana. Ao consumi-lá devemos observar muito bem a sua procedência e os meios de cultivo, suas folhas acumulam grandes quantidades de nitratos (presente em agrotôxicos), sendo assim prefira as folhas orgânicas.

Cultivada há milhares de anos na China e no Egito, a taioba parece com a couve, com suas folhas maiores, largas e vistosas. Pode ser usada crua em saladas ou refogada,  como recheio de tortas salgadas, bolinhos e pizzas. A planta é totalmente comestível, podendo aproveitar o tubérculo, as folhas e as hastes. Existe um tipo de taioba que é venenosa, usada como planta ornamental conhecida como taioba-brava (Colocasia antiquorum Schott). Essa espécie aparece como destaque de honrra no IGI (Island Grown Initiative), uma organização formada por agricultores, chefs e donas-de-casa, promovem cursos e palestras para aprimorar a qualidade dos alimentos.


Créditos de imagem: Miriam Galdino