sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A CAJUÍNA


Cajuína
Caetano Veloso
 
Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina

Assim é cantada esta bebida típica do Piauí, estado brasileiro, nos versos de Caetano Veloso. Ela é símbolo cultural da capital daquele estado, Teresina, mas faz parte da cultura nordestina em geral (Ceará e Rio Grande do Norte principalmente). A bebida de cor âmbar e sabor característico (não alcoólica) , é resultado da clarificação e pasteurização do sumo do cajú, deriva do antigo costume dos nativos indígenas que consumiam o extrato de caju fermentado (o caoi, ou caoim). 
 
O processo ocorre da seguinte maneira (bem resumido): lavam-se bem os cajus (devem estar  maduros e sem nenhum "machucado" ou sinal de putrefação), retira-se a castanha (que é o fruto propriamente dito, a polpa é o pseudofruto). É extraído o suco puro do cajú através da prensagem, depois adiciona-se uma solução de gelatina incolor que funciona como agente clarificante. Passa-se o líquido por um coador de pano ou feltro, depois de envasada e bem fechado, a pré-cajuína já nas garrafas passa por um processo de pasteurização em banho-maria. A cajuína oferece propriedades antioxidantes e antimutagênicas. Após o resfriamento, é só consumir bem gelada.

2 comentários:

  1. parabéns pelo blog. é primeira q entro aki. cajuína eu adoro, da minha terrinha teresina. abraço.

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