segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A BAHIA







 Cantada por diversos artistas nacionais, citada em obras literárias de autores como Dorival Caymmi e Jorge Amado, a gastronomia baiana é sem dúvida uma das mais famosas e  diversificadas do mundo.  Podemos dizer que foi o início da culinária brasileira, a reunião do que havia de melhor na cozinha africana, portuguesa e indígena unidas desde o tempo da colonização. Os pratos são peculiares, de sabor forte, belas cores e cheiro atrativo.


Em todos os cantos deste estado, encontramos riqueza e atrativos gastronômicos:


Baía de Todos os Santos – Primeira capital do Brasil e a maior do Nordeste, Salvador da Bahia, A Baía de Todos os Santos, foi descoberta em 1º de novembro de 1501, por Américo Vespuccio (seu nome originalmente era Amerigo Vespucci). Seu nome deve-se a data de seu descobrimento, o dia de Todos os Santos. A capital soteropolitana possuí uma inconfundível culinária, seus prátos típicos são ricos tanto em sabor como em personalidade. Destacamos aqui de origem africana o vatapá, caruru, moqueca de peixe e mariscos; o gosto pelas frutas tropicais e os derivados de mandioca da cultura indígena manga, jaca, pitanga, tamarindo, umbú, coco; e uma vasta influência dos portugueses, com suas técnicas de salgar a carne e sua grande variedade de doces.
Região do Recôncavo – Dentre as cidades desta região estão Santo Amaro e Cachoeira. Na sua culinária predominam o meninico (prato feito a base de muídos de tripas, normalmente de cabrito), as comidas de origem africana, feijoada, sarapatel, doces, cristalizados, e o famoso prato de maniçoba (preparação de miúdos bovinos, envolvidos em folha de mandioca).
Costa dos Coqueiros – Ao norte  do estado encontra-se a linha verde, a Costa dos Coqueiros, reduto de praias paradisíacas, onde saboream-se frutos do mar preparados de diversas formas.
Costa do Cacau – A cidade de Ilhéus é uma das mais importantes da região, apresenta marcas históricas das Capitanias Hereditárias. A culinária desta região é baseada em frutos do mar, com predominância de carangueijos, lagosta, pitu, e doces variados, incluindo o de cacau, além de sucos e licores.
Costa do Dendê – Reune cidades como Valença, Camamu, e Morro de São Paulo. A culinária local utiliza frutos do mar, oferecendo típica cozinha baiana, moquecas, farofa de dendê, vatapá e ensopados.
Costa do Descobrimento – Inclui ciadades como Porto Seguro, Santa Cuz de Cabrália, Prado, e o Parque Nacional de Abrolhos. Todos os municípios são banhados pelo mar, fato que determina a culinária como basicamente marinha. Encontramos ainda sorvetes, doces e bebidas feitos com manga, cacau, carambola e pitanga.
Chapada Diamantina – Esta região cresceu com os garimpos de diamantes e tem sua riqueza retratada nos belos casarios e na arquitetura. O clima mais frio que as outras localidades do estado, favorece comidas e bebidas quentes, a malamba ou quenga (preparado com fubá de milho e frango) e o famoso quentão (cachaça e gengibre).
Caminhos do Oeste – A culinária é marcada por  pratos típicos sertanejos entre eles galinha caipira, feijão tropeiro, peixes típicos do Rio São Francisco, e até mesmo o churrasco (trazido pelos gaúchos que plantam soja na região. Doces de todo tipo, entre eles o de buriti, maracujá e a rapadura.
Vale do Rio São Francisco – A região agradece ao rio pelo auxilio de  uma produção variada de frutas e hortaliças.  O município de Juazeiro é considerado o maior pólo frutífero do Nordeste, tendo uvas de mesa, manga melões, melancia, entre outras frutas. A culinária aproveita as riquezas da região para a produção de moquecas de surubim e tucunaré, bode e carneiro assados, doces caseiros, cachaças, licores, e os famosos vinhos tipo exportação.
Caminhos do Sertão – Uma região agreste, onde a escassez de água é constante com estâncias hidrominerais que mais parecem oásis, como as de Caldas de Cipó e Caldas do Jorro. Na culinária destacam-se os produtos da caatinga, frutas como o umbu, doces, manteiga de garrafa, ensopado de cágado, bode assado, o requeijão do sertão e afarinha de mandioca, item indispensável na mesa do sertanejo.

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